Ontem (16/09) Pancas foi alvo de algo que não é tão comum para uma cidade de sua dimensão. Um assalto à mão armada feito em uma loja chocou o comércio e trouxe a sensação de insegurança. Além da ousadia do assaltante em cometer o crime à luz do dia no centro da cidade, o que também chamou a atenção foi o fato de não ter próximo ao local nenhuma viatura no momento do delito!
A sociedade acuada, busca sempre um culpado para os fatos: Será a falta de segurança policial? As drogas? Será a administração? Ou é culpa do poder punitivo?
Não! Para essa pergunta não existe um culpado único. É um efeito em cadeia. Não só em Pancas, mas de maneira geral, quando há ausência do Estado no sentido de fornecer ao povo saúde, educação de qualidade, desenvolvimento profissional e ético, cultura, lazer e qualidade de vida, os moradores deste lugar tem uma educação periférica e à margem da sociedade pomposa. Aprendem a cultura do tráfico, das drogas, da vida ilícita, e passam a ser regidos por leis que não são as do contrato social, mas do contrato tácito feito por força criminosa. O pior , é que, quando acontece uma situação extrema como a que foi noticiada, e aparece as mazelas, todos olham o autor do fato como "o abominável", mas abominável mesmo é toda sociedade por deitar em nossas camas confortáveis diariamente e nada fazer para melhorar uma comunidade, um morro, uma favela. O assalto que aconteceu em Pancas e que acontece em Colatina, Vitória e em todo resto do mundo, na realidade é fruto da nossa omissão.
Agora entendeu quem são os culpados?
Definitivamente, a culpa não está naqueles que se corrompem pelo meio que vivem, mas dos que não impedem a marginalização, ou não realizam uma inclusão social adequada. A sociedade deve se preocupar com a abrangência do papel do Estado, reivindicar os direitos cabíveis aos cidadãos, sem discriminação. O Estado por sua vez, deve realizar políticas públicas com intuito de garantir a população, os direitos inerentes como a educação e meios de vida dignos. Assim, todos terão acesso as mesmas oportunidades. Do contrário, só mesmo muita oração e ajuda divina para nos livrar do que é mal.
Definitivamente, a culpa não está naqueles que se corrompem pelo meio que vivem, mas dos que não impedem a marginalização, ou não realizam uma inclusão social adequada. A sociedade deve se preocupar com a abrangência do papel do Estado, reivindicar os direitos cabíveis aos cidadãos, sem discriminação. O Estado por sua vez, deve realizar políticas públicas com intuito de garantir a população, os direitos inerentes como a educação e meios de vida dignos. Assim, todos terão acesso as mesmas oportunidades. Do contrário, só mesmo muita oração e ajuda divina para nos livrar do que é mal.